Se você está aprendendo Go ou já tem experiência com a linguagem, provavelmente já ouviu falar sobre “código idiomático”. Mas o que realmente significa escrever código idiomático em Go? Por que isso é importante e como podemos identificar boas práticas que seguem esse princípio?
Neste post, vamos explorar o conceito de código idiomático. Além disso, veremos exemplos práticos que mostram a diferença entre código idiomático e código que não segue as melhores práticas.
O que é código idiomático?
Em termos simples, código idiomático é aquele que segue as práticas e convenções estabelecidas da linguagem, utilizando seus recursos de maneira eficaz, clara e intuitiva.
Mas, mais do que isso, escrever código idiomático em Go significa escrever código que:
- Aproveita as características únicas da linguagem: Go foi projetado para ser simples, eficiente e seguro. Um código idiomático reflete esses valores.
- Segue os padrões da comunidade: A comunidade Go possui diretrizes bem estabelecidas, como o uso de
gofmtpara formatação,golintpara análise estática e padrões como a escrita de testes. - Prioriza a legibilidade: Um código idiomático é legível e fácil de entender por outros desenvolvedores familiarizados com Go.
Escrever código idiomático também implica em abraçar a filosofia da linguagem. Por padrão – embora aconteça muito -, Go não tenta ser como outras linguagens. Afinal, a linguagem proporciona um conjunto de ferramentas e soluções que, quando adotadas corretamente, ajudam os desenvolvedores a escreverem código mais limpo e eficiente.
Se você ainda não está convencido, vou te dar mais 4 motivos do por que escrever código idiomático:
- Facilita manutenção: O código é mais previsível e fácil de entender.
- Evita erros comuns: Práticas idiomáticas evitam armadilhas e soluções complicadas.
- Facilita colaboração: Código que segue convenções é mais fácil de ser compreendido por outros desenvolvedores Go.
- Curva de aprendizado: Seguir as convenções reduz a curva de aprendizado, fazendo com que novas adições ao time consigam colaborar muito mais rápido.
Código Idiomático na Prática
Depois desse monte de conceitos, vamos analisar um exemplo para entender melhor o que significa código idiomático.
Embora seja uma prática até que comum, o exemplo abaixo ilustra um código considerado NÃO idiomático.
func checkError(err error) {
if err != nil {
fmt.Println("Error:", err)
os.Exit(1)
}
}
func main() {
file, err := os.Open("file.txt")
checkError(err)
defer file.Close()
fmt.Println("File opened successfully")
}
Problemas:
- A função
checkErrorimprime o erro diretamente e encerra o programa usandoos.Exit(1). Isso é considerado uma prática ruim, pois dificulta o controle de fluxo do programa. - A mensagem de erro não fornece informação suficiente.
Agora, vamos fazer uma pequena mudança no mesmo código para que ele se seja idiomático.
func main() {
file, err := os.Open("file.txt")
if err != nil {
log.Fatalf("failed to open file: %v", err)
}
defer file.Close()
fmt.Println("File opened successfully")
}
Melhorias:
- O uso de
log.Fatalftorna o código mais conciso e fornece uma mensagem de erro mais clara. - Não é necessário criar uma função separada para tratar erros simples.
- O código fica mais direto e legível.
Mais exemplos de práticas idiomáticas
- Use
gofmtpara formatação automática. - Evite uso desnecessário de
panic. - Prefira interfaces pequenas e bem definidas.
- Escreva testes utilizando o package
testingou packages que o utilizem, por exemplo, Testify.
Conclusão
Escrever código idiomático em Go é uma habilidade essencial para qualquer desenvolvedor que deseja se destacar na comunidade. Seguir as práticas recomendadas torna seu código mais legível, manutenível e eficiente.
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