gonew: Como criar projetos a partir de templates

Ouvindo aos pedidos da comunidade, mesmo que não incorporado oficialmente ao CLI do Go ainda, o time de desenvolvimento da linguagem Go criou um novo programa capaz de ajudar a iniciar novos projetos. Seu nome, pelo menos por enquanto, gonew.

Como dito no parágrafo anterior, a finalidade desse novo programa é auxiliar na criação de novos projetos Go. Com ele, podemos utilizar um repositório template como base para novas aplicações.

Sem mais delongas, vamos meter a mão na massa, ou melhor, no teclado.

Instalação

Para conseguir utilizar esse novo programa, precisamos tê-lo instalado. A forma mais fácil, já que você muito provavelmente tem o Go instalado na sua máquina, é utilizar o comando go install.

go install golang.org/x/tools/cmd/gonew@latest
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Como utilizar logs estruturados com log/slog

Lançado recentemente, o Go 1.21 trouxe um novo package padrão na linguagem, o log/slog. Embora Go tenha um package de logs desde seu lançamento, ao longo dos anos, ficou claro que as aplicações Go precisavam de logs estruturados.

Diferente do formato padrão em texto puro, logs estruturados utilizam o formato chave=valor, facilitando muito na hora de fazer parse, buscar e analisar os logs.

Embora existam vários packages open source que desempenham esse papel, sendo o logrus um dos mais famosos, todos os anos, a comunidade continuava pedindo ao time do Go que essa funcionalidade fosse adicionada ao package oficial da linguagem.

Nesse post, vou explorar um pouco desse package, mostrando as principais funções e formas de utilização.

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Como implementar uma API com arquitetura hexagonal

Hoje iniciamos mais uma pequena série aqui no blog, onde vamos implementar uma pequena API utilizando arquitetura hexagonal. Essa série será dividida em pelo menos quatro posts, sendo esse primeiro a definição da estrutura de pastas.

Se você ainda não conhece muito bem essa arquitetura, convido você a ler o post onde explico a parte teórica da arquitetura hexagonal.

Agora que estamos todos no mesmo ponto, vamos começar a definir a estrutura de pastas desse pequeno projeto.

pkg

No root do projeto, como já é de costume, precisamos de uma pasta onde ficarão as implementações que podem ser compartilhadas com outros projetos, ou seja, implementações de packages que não tem nenhuma regra de negócio.

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Como utilizar o framework Echo

Mesmo sem saber ainda se será uma série ou não, nesse post, trago uma visão geral sobre um dos frameworks mais populares do mundo Go, o Echo.

Em sua documentação, o framework Echo se autodenomina como de alta performance, extensível e minimalista. Além dessas características, podemos dizer também que é de fácil implementação. Veja o exemplo abaixo.

package main

import (
    "net/http"
    
    "github.com/labstack/echo/v4"
)

func main() {
    e := echo.New()
    e.GET("/", func(c echo.Context) error {
        return c.String(http.StatusOK, "Hello, World!")
    })
    e.Logger.Fatal(e.Start(":1323"))
}
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Como injetar valores em variáveis com ldflags

Uma feature pouco conhecida para quem está iniciando na linguagem Go, é a capacidade de injetarmos valores em variáveis durante o processo de build. Embora possa parecer um tanto quanto estranho fazer isso, essa técnica nos possibilita adicionar informações como versão, data e commit do build, sem a necessidade de commitar essas informações. Embora possamos criar essas variáveis no mesmo arquivo onde estará a função main da aplicação, eu prefiro fazer algo que possa ser reutilizado.

Definindo as variáveis de build

Por isso, pensando em um repositório onde haverão várias aplicações, ou até mesmo em uma estrutura de monorepo, vamos criar um package dentro da pasta pkg chamado build. Dentro do package, vamos criar um arquivo chamado version.go com o seguinte conteúdo.

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Namespace Kubernetes

O que é e como criar Namespace no Kubernetes

Dando continuidade aos nossos posts sobre Kubernetes, vamos falar sobre Namespace.

Esse recurso do Kubernetes pode ser utilizado de diversas formas. Algumas pessoas criam namespaces para separar ambientes dentro de um mesmo cluster, enquanto outras preferem criar namespaces para cada time ou produto que a empresa tem.

Definindo Namespace

Independente do propósito, a finalidade dos namespaces sempre será a mesma, particionar o cluster em subdivisões lógicas.

Para ajudar com a imagem mental, imagine que namespaces são como pastas do seu computador, onde você pode definir qualquer divisão que quiser. No entanto, diferente de pastas, onde você consegue colocar uma dentro da outra, no caso dos namespaces, não existem “sub-namespaces”.

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Qual a diferença e quando utilizar Deployment, StatefulSet e DaemonSet

Hoje iniciamos uma nova série aqui no blog, a Kubernetes 101. Nessa série, vou escrever sobre o funcionamento e utilização do Kubernetes do ponto de vista dev. Em outras palavras, não vamos entrar nos detalhes e funcionamentos internos do orquestrador, mas sim como utilizá-lo para executar aplicações.

E para começar essa série, nada melhor do que explicar as diferenças e aplicabilidades dos objetos Deployment, StatefulSet e DaemonSet.

Deployments

Esse tipo de objeto do Kubernetes serve como uma espécie de supervisor. Seu papel principal é registrar algumas informações no Kubernetes, como por exemplo, os nomes das imagens que compõe um Pod e o número de réplicas a serem executadas.

A utilização de objetos do tipo Deployment é recomendada para aplicações que não dependem de um estado, ou seja, aplicações stateless. Se você não está familiarizado com o termo, uma aplicação stateless, basicamente, caso tenha sua execução interrompida, uma nova instância pode ser executada sem nenhuma dependência da execução anterior. Salvo algumas exceções, normalmente esse tipo de aplicação não precisa de um disco para ser executada.

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rock formation

Como utilizar “herança” em interfaces

Embora o Golang não implemente orientação a objetos, de forma superficial, sua estratégia de embedding – que inclusive é muito utilizada nos packages nativos da linguagem – é muito parecida com a famosa herança.

Nesse post, vou mostrar como utilizar essa estratégia para que possamos ter interfaces mais granulares.

Antes de começar, como o objetivo desse post é exemplificar como utilizar embedding em interfaces, não vamos implementar os métodos. Também não vamos mostrar como utilizá-las em assinaturas de funções/métodos. Caso você queria saber mais sobre como utilizar interfaces, recomendo a leitura do post “Trabalhando com Interfaces”.

Sem mais delongas, vamos criar 3 interfaces. Writer, Reader e Closer.

type Writer interface {
	Write(p []byte) (n int, err error)
}

type Reader interface {
	Read(p []byte) (n int, err error)
}

type Closer interface {
	Close() error
}
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books in black wooden book shelf

Lista de materiais para estudar Go

Aprender uma nova tecnologia nunca é fácil, pois normalmente ficamos perdidos sobre onde encontrar conteúdo de qualidade. Nesse post, vou listar alguns locais/livros onde vou para estudar e me atualizar sobre nossa querida Golang.

Blogs

The Go Blog – blog oficial da linguagem

https://go.dev/blog/

Embora não haja atualizações constantes, você sempre irá encontrar posts importantes e sobre questões complexas, assim como anúncios de releases e pesquisas.

Aprenda Golang – Blog que você está

https://aprendagolang.com.br/

Pode parecer estranho eu recomendar o blog que você está, porém como eu não sei se você chegou até aqui pelo Google, vale dizer que nós postamos conteúdos semanalmente.

Nesses posts abordamos assuntos como, frameworks, benchmarks, tutoriais iniciantes e avançados sobre a linguagem e como algumas partes dela funcionam por debaixo dos panos.

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squirrel eating cone in forest

Como fazer fuzz test em requests HTTP (parte 1)

Na edição de 2022 da GopherCon Brasil, tive o prazer de palestrar sobre Fuzz Test. Foi muito bacana, pois durante a palestra, assim como nos corredores do evento, fizeram vários questionamentos que eu ainda não tinha feito sobre essa feature do Go.

Se você ainda não conhece esse tipo de teste, convido você a ler um post que publicamos aqui no blog (link para o post) onde explicamos melhor o assunto.

O que vou tratar nesse post é o resultado das perguntas feitas no evento mais um link que o Ricardo Maricato me enviou.

Para ver uma das formas de implementar o Fuzz Test para requests HTTP, vamos implementar um endpoint para validação dos dados de uma pessoa.

Vamos começar criando uma struct com um método de validação, e algumas variáveis para armazenar os erros de validação que podemos ter.

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